domingo, 11 de julho de 2010

P39 - Manga de Ronco, pelo David Guimarães

E ONTEM FOI DIA DA TABANCA - RONCO
Falava ontem pela noite com um amigo e dizia-lhe: - sabe, hoje estive com os meus amigos que como eu combateram na GUINÉ.
Ora bem é este o espírito, esta a verdade a nossa, que nos faz correr para aqui ou para ali para festejarmos - o quê? A AMIZADE... Pouco preocupados com o rancho e com o pré ou com o soldo, estava anunciada para ontem mais do que a nossa reunião e o blá blá das nossas animadas conversas, que houvesse o momento artístico. Houve, claro que sim, se participei e a isso como que sou obrigado... Onde estiver um teu amigo demonstra-lhe que o és com aquilo que sabes melhor fazer...
HOUVE ARTE ONTEM TAMBÉM na Tabanca dos Melros, na sala mais propícia à propagação do som e da escuta das vozes - coisas arranjadas pelo nosso amigo Gil, não o chefe de Tabanca mas o dono dela. O chefe de Tabanca, querido companheiro Carlos Silva, tão preocupado estava com que não faltasse a festa, que nos acrescentou mais um elemento, - o Adriano Claudemiro - que foi como que preponderante... Como se vê valem a pena as visitas daqueles que querendo saber quem somos, connosco se integram e aprendem o nosso "Crioulo". Refiro-me à nossa maneira de estar e como gostamos de viver. Também eu me preocupei em levar uma visita - o Joaquim Ramos - que nos fez o favor de tocar guitarra e tanto contribuiu para que pudéssemos passar momentos bonitos. Dos que somos e quem somos já sabemos como que as qualidades e defeitos dos outros que nos visitam - que bom ouvi-los dizer: - fulano, isto aqui é porreiro.
Nem vamos questionar aqueles que não aparecem nunca - tenho a sensação de que quando aparecerem nunca mais querem outra coisa...
Roubei para aí umas fotografias ao Jorge e ao Carlos e coloquei um apontamento em vídeo que mais não é senão o resumo do dia 10 de Julho - dia em que eu tinha dito em Monte Real ao Chefe Carlos, e ao Dono da Tabanca Gil ( dia 10 vamos fazer festa lá nos Melros) - e digam lá se não foi bom e fizemos....
Não sei se me fica tão bem assim "propagandear" festas onde eu também sou meio protagonista - mas não me importo, sei que aos amigos terei que dar de prazer aquilo que sei fazer melhor, e sei bem pouco - mas toco viola desde os 14 anos - eu só cumpro o meu dever como atrás disse mas não me incomoda repetir - onde estiver o meu amigo eu devo estar lá e dar-lhe o melhor que tenho...
NOTA: Ontem não toquei o silêncio - célebre de Carlos Gardel - de relance, na Guiné, eu tinha uma viola que fez a comissão comigo e no fim foi vendida por 80 escudos - Quando eu tocava esse tango, "silencio en la noche..." hu, Guimarães já tinha cerveja a mais na cabeça.... Era matemático ou era fatal como a natureza - o meu grito de "silêncio" era quando eu pensava que estava a cantar bem e alto mas já estava com os copos e como eu pronunciava tão bem o Castelhano - quando com cerveja a mais...
Portanto ontem não cantei o silêncio - lógico que não tinha cerveja a mais...
Até sempre companheiros...
E ontem a "Tabanca" teve mais encantos na hora da despedida...
Um abraço
David Guimarães

3 comentários:

  1. Caro Guimarães,

    É bom ver-te feliz.
    Ao ler o teu comentário percebo a paixão que tens por esta gente esquecida, que para sair do anonimato precisa destes convivios.
    Realmente este Sábado foi espectacular.
    Um Abraço,
    Quelhas

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  2. Meu Camaradão

    1 - Na verdade é pena que não apareçam mais camaradas a estes convívios de camaradagem e fraternidade, mas apesar disso ainda lá apareceram 40 camaradões e de facto o nosso convívio foi um grande "Ronco".
    2 - No próximo mês de Agosto,dia 14, presumo que a presença de camaradas na Tabanca seja fraca devido a férias, no entanto, vamos já preparar outro grande Ronco para dia 25 de Setembro, pois é a Freguesia de Jovim que organiza o convívio e como sempre conto contigo e vamos lá a ver se conseguimos envolver mais "ouro" da casa, para além dos habituais. Vou fazer um esforço nesse sentido, vou tentar falar com amigos que já não os vejo há quase 40 anos,que tal como o Zé Castro e o Adriano Claudomiro, também não os via durante o mesmo tempo e apesar disso corresponderam ao apelo de um amigo de infância que nunca se esquece.
    3 - Portanto, nessa altura espero então que cantes o toque do silêncio sem ser necessário "vó ficar com cabeça grande", porque relativamente ao período que referes cantavas alto e bom som para os lados do Xitole, não era pela cerveja, mas era a vontade de cantares uma serenata para as "bajudas".
    Um grande abraço e vai afinando a voz para Setembro
    Carlos Silva

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