domingo, 11 de agosto de 2013

P101 - É Agosto nos Melros

E Agosto é férias, Melros regressados outros partindo. Ou partidos. Sim, porque há alguns a quem o 69 lhes custa muito. Uns a acabá-lo, outros a começá-lo. Para lá vamos todos e não seremos poucos os que para o ano lá estaremos bem no meio dele. Com reumático, gota, artrite, etc. há que fazê-lo.
Os Melros foram chegando para debaixo do Choupal, que aquela brasa de ontem não dava para estar fora do ninho.
Uma bela reportagem do Fernando Súcio, que já faz uma aéreas com muita classe. O Carmelita que se cuide...


Há os que têm calma e outros que olham para o braço esquerdo a ver se o dos "cheneses" estão a trabalhar. A barriga começava a roncar.
A tenda das "amostras" foi montada no Pátio Central. O Súcio estava de serviço.
O momento em que o fotógrafo premiado por uma foto excepcional que correu o mundo (desculpem-me, mas esqueci o nome, mas aplaudimo-lo) se apresentou e nos apresentou um projecto e uma proposta para visitar a Guiné. Francamente, achei que a logística dele não é compatível com o projecto. Mas ele é que sabe. Pela minha parte, não estou interessado. Os amigos que o estiverem podem contactar o Carlos Silva.

O autor desta boa reportagem fotográfica na foto com o Gil, Barbosa Grande, o Silva (?) e o Cibrão Guimarães.
Devo dizer que roubei as fotos, porque nós ainda trabalhamos na clandestinidade.

É a minha vez da reportagem e nada a dizer que já não se saiba. Mas é a recordação para os amigos e camaradas.



Com esta mania das reportagens clandestinas, quando me aproximei para matar o bicho só havia morcela e pataniscas de farinha. E vinho claro. Vá lá que alguém me deixou 2 perninhas de polvo. Para relembrar.
Das várias teias de aranha que se encontram pelo Choupal, esta é a minha preferida. Só que nunca encontro a dona ou dono dela.
Momento emocionante da tarde. Calai-vos, camaradas. O assunto é importante. Discute-se onde vamos fazer Setembro. Parece que a minha cremalheira não vai trincar umas costelinhas de porco assadas à maneira. Nem a tripalhada. Lá se vai a tradição. O Presidente Bandalho J. Teix.45  corre em meu auxílio rebatendo a proposta do Presidente Carlos Silva. Ar livre sim, tripas sim, porco sim. Mai'nada.
Há os nins que preferem meter a língua na sopa e estão-se borrifando para estas coisas. Lateiros é o que sois.
Acabou tudo empatado e vamos ao Arroz de Coelho. Para uns com o sangue, para outros sem ele, para mim com mais vinagre que sou muito esquisito. Lá fui à cozinha buscá-lo e apresentar cumprimentos de parabéns à Senhora Dona Cozinheira pelo belo arroz. Quando somos tratados bem, é um dever reconhecer.
Quem diria que há 40 anos, ouvir falar de arroz era  sinónimo de fome. Mas grandes ementas se inventaram nessa altura: Arroz de chouriço, arroz de salsichas, arroz de arroz. Fervido em água aquecida com madeira do mato, com sal e já está.
 Apreciar hoje arroz é relembrar velhos tempos.
Uma pausa para olhar algumas vinhas do Choupal cá por cima. O velho castanheiro (?) está cheio de ouriços(?) e o Espigueiro tem madeira.
Regresso à sala para olhar outras cenas. Antes que coloquem defeitos na fotografia e nas uvas do prato de frutas, devo esclarecer que estas tinham acabado de vir do frigorífico como convém. E são uvas Ribatejanas de uma casta que fica pronta mais cedo, exclusivamente para ir à mesa dos ricos.
 As conversetas do após. Claro que os cafés e bagaços foram andando.
Um bocadinho do Museu. O Manel Cibrão tomando uma banho de cultura. Já temos mais de 50 livros. Agradeceremos aos muitos escritores sobre o Ultramar Português (ou ex-melhor dizendo) se tiverem a gentileza de nos ofertar um exemplar das suas obras.
Depois chegam as manias das fotos difíceis. Mas tudo tem uma explicação. Alguns amigos souberam que na semana passada tive um grande convívio que durou como as pilhas Duracel. E caí abaixo do cavalo. No meio da queda, perdi a cremalheira inferior. Que foi encontrada, vejam lá, pela minha afilhada-prima-neta emprestada, algures, ninguém sabe onde. Apareceu com ela na mão a olhar para mim. Para que não duvidem que ela apareceu, a cremalheira inferior, que até não produz qualquer efeito para o corte da palha, aqui ficou registado o momento pelo Fernando Súcio,  com o meu riso de escárnio para o Ferreira de Lamego. Toma.
A parte inferior da minha pessoa e o copo de água não faziam parte do esquema. Mas o Súcio está a tornar-se completo. Embora a minha reputação etílica possa ser abalada para o caso não importa nada.
Não é para o nosso lanche este borrego que até dá raiva só de olhar, mas sim para uma festa casamenteira que estava no auge. Já tinha passado o bacalhau, com um puré gratinado, mas não fui a tempo para a recordação.
Uma futura modelo que posava para um colega. Tem um rosto lindo e estava bem stilizada. Desejo-lhe um bom futuro.
Disseram-me que esta bichinha foi a menina das alianças. Será verdade ? garantiram-me que é grande moda. Coitada da bicha - presumo que é bicha sem perjúrio, derivado à rendinha cor-de-rosa presa no pescocinho, ai - esteve ali presa embora à sombra  e onde umas crianças de vez em quando vinham brincar com ela.
Os cachos das uvas do Choupal começam a pintar. Daqui e mês e meio cá estarei se o Gil me permitir.
Para finalizar com ramalhete d'ouro, deixo a imagem do meu camarada e amigo Neca Quelhas. Fiquei sensibilizado pela sua frase e que nos atordoou: Eu sou um Guerrilheiro. G'anda Neca, és único.
Os Melros, o Gondomar, o País, ficam maiores com os teus sentimentos. Bem Hajas.