quinta-feira, 20 de maio de 2010

P29 - Rebuscando arquivos

Caros companheiros e amigos.
Esqueci que tinha aqui uns vídeos longa metragem, que embora não sendo grande coisa, são coisa grande e sem nexo. Mas valem o que valem.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

P28 - Afinal não estava doido

Do Neca Quelhas para o Armando Martins

Meu caro Armando,
Este fim de semana a Tabanca dos Melros foi especial.
O Tenente Coronel Pessoa, piloto da Força aérea que fora abatido em Guilege, confirmou aquilo que Há muito eu vinha dizendo, mas que ninguém acreditava em mim. Por ironia do destino, o Tenente Coronel Pessoa perguntou-me onde estivera, e eu respondi-lhe que estivera em Mansabá (Zona do Morés).
-"Então deve-se lembrar do fiat que lá se despenhou..
- Claro que me lembro! em Setembro de 1973 eu estava lá."
Ainda bem que me fizera aquela pergunta, pois acabara de me tirar um enorme pesadelo de cima de mim. Já tinha comentado esta situação com muitos camaradas, e todos me diziam que isso não podia ser, que eu estava enganado, que isso era mentira. Cansado, deixei de falar disso pois eu próprio passei a não ter a certeza do que estava a falar e a pensar se teria sonhado ou se estava doido. Afinal não sonhara, o fiat despenhara-se mesmo e o Piloto era afinal o Tenente VANZELER que acabou por ser recuperado pelas nossas tropas. Para nós o fiat fora abatido, mas isso pouco importa, se o Tentente Coronel Pessoa o diz, é porque é verdade. Felizmente que estes encontros servem para conhecer pessoas e camaradas que deram o seu melhor. Nós é que somos o testemunho vivo da nossa História em terras de África.

Também gostei muito de conhecer a Giselda ( enfermeira Paraquedista) que todos conhecem, Esposa do Pessoa.

Um bem haja a todos os camaradas,
Um abraço.
M.Quelhasex 1º cabo

Resposta do Armando

Caro Neca de ti Mina:


Está carregado de razão, mas não me lembro sequer de termos falado neste assunto portanto está tudo certo, só há um pequeno problema, o Sr. Miguel Pessoa é Coronel na reserva na altura era Tenente, que eu conheci em 1972 na BA 5 Monte Real , onde prestei serviço na secção de Incêndios e o Sr. Wanzeler que eu tambem conheciem Monte Real , era na altura Capitão, sei que teve problemas com um Fiat G91 na Guiné, mas não me lembro da data, se tu o dizes é porque sabes.Se ficou tudo esclarecido, ainda bem, para isso tambem servem estes encontros. Vou passar o teu e-mail ao Jorge Teixeira (Portojo) esse camarada tem muitos mais contactos do que eu da malta toda.
Abraço
A. Martins
Ex- sold. Caut. FAPGuiné

P27 - Na Tabanca dos Melros


Aproveitando a organização do almoço anual do curso de enfermagem da Giselda (da antiga Escola de Enfermagem do Hospital de S.João, no Porto), que decorreu em Braga no passado dia 9, decidimos aproveitar a oportunidade e alinhar num convívio da Tabanca dos Melros, no Choupal dos ditos, em Fânzeres, no dia anterior.
Para além da conveniência de datas - em dias seguidos, 8 e 9 - acresce o facto de contar encontrar no local alguns dos tabanqueiros que vou contactando por aí - Portojo, Carlos Silva, Carvalho, Eduardo Campos, Miguel Falcão e outros - e ainda poder rever o anfitrião/dono do Choupal, o Gil Moutinho, nosso antigo companheiro nas andanças pelos ares da Guiné.
E se o encontro cumpriu conforme prometia, não deixei de ter duas surpresas curiosas, decorrentes de conversas que tive com dois dos participantes no almoço. Ei-los nesta foto, numa conversa particular, o Armando Martins e o Quelhas (peço desculpa se os nomes estão incorrectos, mas estou a fiar-me na minha memória e ela já não é o que era...), que foram, há muito tempo, observadores atentos de episódios em que eu também estive envolvido.
Bom, no meio de uma conversa que estava a ter com o Armando Martins, constatei que tinhamos estado nos mesmos sítios e na mesma época. Assim, antes de embarcarmos para a Guiné, no fim de 1972, estivemos ambos colocados na Base Aérea de Monte Real, eu tirando o curso operacional no F-86 e Fiat G-91, ele colocado no serviço de incêndios (bombeiros). E, tendo ele referido este facto, lembrei-me de um episódio decorrido durante a minha qualificação, numa altura em que já tinha começado a minha adaptação ao Fiat G-91. Nessa altura iniciava-se a utilização regular dos "drop-tanks"* de 120 galões em substituição dos antigos drops de 69 galões (naturalmente com o objectivo de aumentar a autonomia do avião e o tempo disponível na zona do objectivo).
O sistema deveria sofrer de alguns problemas de juventude, pois só sei que na recuperação de uma passe na carreira de tiro da Base um dos "drops" resolveu ir-se embora sem que eu tivesse tido qualquer interferência nesse facto... Devo confessar que tivemos alguma sorte neste incidente - eu e os bombeiros que estavam a fazer a segurança ao local, bem próximos do local em que o "drop"acabou por cair... Felizmente conseguiu-se provar que não tinha havido nabice da minha parte - o que neste caso foi o primeiro pensamento dos veteranos Falcões face à periquitice do Abibe**...
Lembrei-me então de perguntar ao Armando Martins se ele se recordava deste incidente e fiquei surpreendido quando ele confirmou que estava lá naquele dia... A esta distância é realmente curioso como as nossas vidas se vão cruzando com a de outros e só ao fim de muito tempo é que nos damos conta disso...
O Quelhas surpreendeu-me igualmente. Explicava-me ele que tinha estado em Mansabá no ano de 1973 e, lembrando-me eu de um incidente ocorrido com um dos nossos Fiats numa operação no Morés - que obrigou o piloto a ejectar-se - perguntei ao Quelhas se ele se lembrava desse episódio. A veemência com que me respondeu surpreendeu-me, mas depois fiquei esclarecido. Essa operação que eu refiro enquadrava-se numa heli-colocação que tinha sido organizada em pleno Morés, iniciada com um bombardeamento na zona da heli-colocação, avançando depois os helicópteros com pessoal, para os largar no terreno.
Eu era o nº2 da formação e a coisa correu bem até à entrada ao passe do nº4. Por motivos que se desconhecem o avião desse piloto ficou subitamente descontrolado, forçando o piloto a ejectar-se. Imagine-se agora o que é seis ou sete helis dirigindo-se para o local e verem subitamente um avião despenhar-se mesmo à sua frente e um piloto a descer lentamente no seu pára-quedas. É claro que a heli-colocação foi abortada e a primeira preocupação foi recuperar o piloto. Lá seguiram os helis atrás do chefe e vá de pousar os estojos no chão, onde fosse possível. A verdade é que a coisa não correu nada bem e, cancelada a missão, acabámos por perder quase todo o dia a recuperar os helicópteros danificados nessa aterragem inesperado em local difícil. Vá lá, ao fim do dia o saldo era minimamente positivo - o piloto foi recuperado de imediato pelo primeiro helicóptero e os helicópteros danificados tinham conseguido regressar à Base, à custa do esforço dos mecânicos e dos pilotos que foi preciso manter no local... e por cima, para garantir a segurança da operação...
É aqui que entra o nosso camarada Quelhas na história - ela aguardava o regresso dos helis para ser integrado numa segunda leva que iria colocar mais pessoal no terreno. E foi do local em que se encontrava que viu o avião a despenhar-se. O problema com que se deparou foi o facto de ninguém ter acreditado nele... Segundo me confessou, ao longo dos anos foi começando a desconfiar do estado dos seus neurónios... Calcule-se por isso a sua enorme satisfação ao ver confirmada por mim a sua história... ao fim de 37 anos...
Não duvido que estes convívios, para além da sã confraternização entre os ex-combatentes, permitem por vezes momentos curiosos como estes que hoje aqui relato.

Miguel Pessoa

* "Drop-tanks" são depósito externos transportados nos suportes existentes por baixo das asas. Como o nome indica, podem ser ejectados em voo, em caso de necessidade.
** Falcões, assim eram chamados os pilotos operacionais da Esquadra. Os Abibes (uma ave de fraca figura) eram os pilotos em curso, que ainda tinham tudo para provar... (Eram os periquitos lá do sítio...).

domingo, 9 de maio de 2010

P26 - Encontro em 8.05.2010

Convívio bonito o de Sábado passado, com uma assinalável presença de representantes de outras Tabancas.

Embora numa época de grandes convívios de norte a sul do País com a rapaziada a reencontrar os antigos camaradas, tivemos uma Casa Boa, cheia de alegria, boa comida e bebida e muita música.
A Giselda e o Pessoa finalmente compareceram e o Armando Martins fez as honras da casa

Silvas e Teixeiras recordei. E também o Rufino. Mas isso são outras estórias.
O Campos, o Zé Manel e o Carvalho. O Zé Castro, Nosso querido Convidado especial, Ao fundo.
O Zé Manel Vinhateiro tinha prometido uma visita que finalmente se concretizou. E sem boné. O Carvalho, famoso régulo de Mampatá e Medas, porque o tempo estava de chuva, esqueceu a reforma agrária e também compareceu.
Nomes são para o Carlos Silva, pois a minha cabeça já não dá mais. Mas de Oliveira de Azeméis vieram estes queridos confraternizantes. O Apolo Leite e Esposa.
Aspecto parcial, numa de baixinhas
Pormenor. Cavaqueira e estórias. O Zé Castro e o Armando Martins combinam o momento musical O Silvério Lobo estava ali ao lado numa outra confraternização.
Teve um tempinho para vir dar um abraço à malta.
Já nos "despois", é ouvi-los Contar umas estórias
Silvas e Teixeiras ao ataque do Faustino
Combinando algo ? Cheira-me que sim ...
Tempinho para uma foto aos novos habitantes da casa.
Convívio deve ser alegre e complementado com comida boa. O Bacalhau à Zé do Pipo, famosa receita portuense, estava uma delícia. Mas o Arroz de Pato, nem se fala. Claro que o Gil não esquece aquelas "boquinhas" iniciais: presunto, salpicão, salgadinhos, morcela assada, etc; Nem como das finais: Doces, uma variedade já nossa conhecida, fruta que já não é só da época mas de todo o ano.
O Zé Manel teve a grandeza de nos oferecer da sua Aguardente, bem como do Famoso Vinho Fino, que fez estalar a língua das donzelas e mancebos presentes.
Da muita música cantada e tocada, fica apenas este pequeno trecho para não saturar
Um abraço, bons convívios e até 12 de Junho.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

P25 - Próximo encontro dos Ecus

Olá Pessoal
Não se esqueçam que é já no próximo sábado, dia 8 de Maio, que temos aprazada a nova reunião.
Carvalho II, Soba de Melres, não vais ter desculpa desta vez. E trás contigo os teus sobados.
Claro que a reunião é aberta a todos os sectores regionais e também a pretos, amarelos, azuis, verdes, vermelhos, ou quaisquer que fossem as cores que orgulhosamente ostentavam nas fitinhas das boinas ou nos lenços do pescoço.
Até lá, um abraço.