Às voltas pela Quinta, dá para imaginar como vai ser quando chegarem os dias mais quentes. Mas enquanto não chegam, lá dentro é que se está bem.
Uma olhadela às mesas até para abrir o apetite, embora fossem necessários para completar o quadro, uns enxertados do pós-almoço. Pois a comezaina começou com umas deliciosas entradas de presunto, lombo, isquinhas, morcela grelhada, bola de carne e já não me lembro de que mais. Uma excelente sopa de feijão vermelho, para aquecer e o prato forte foi bochecha de vitela, que se comia com colher à moda dos Açores, com o seu acompanhamento de grelos e batata palha. As sobremesas, para além da fruta, tinha o indispensável leite creme bem queimado e bolos de várias qualidades. Tinto e Branco, muito. Café para finalizar, acompanhado por uns digestivos, gentileza do Gil, que se passou dos carretos.
Nestas fotos do Manuel de Carmelita, pode-se ver que o pessoal já esqueceu a lição base de que tudo ao molho e fé em Deus pode ser perigoso. Mas não foi o caso.
Com a calma necessária, própria dos grandes eventos, o pessoal lá se juntava para conversar ou acabar uma travessa.
Aspectos da sala, bem preenchida. Devido ao crescimento da Tabanca, esta já é a terceira que utilizamos.
Mais pormenores e o Chefe da Tabanca bem feliz. De registar o aparecimento do simbólico soldado do Ultramar, pois claro, mais um da família Martins. E como filho de peixe sabe nadar, ao rapaz só lhe falta mesmo a inscrição nas fileiras.
Estava na hora do Fado. Quim Martins à guitarra e David Guimarães à viola, cujos instrumentos foram sendo substituídos, conforme fossem para acompanhar o José Castro, no Fado de Coimbra, ou os Martins, pai e filho, no Fado tradicional. De reconhecer a gentileza do Zé Castro e do Joaquim Martins ( filho, filho do Armando) que aceitaram o nosso convite, para nos deleitarem com a sua voz. O camarada da Tabanca do Centro, o Joaquim Mexia Alves, não foi esquecido e o seu fado Montemor de Praça Cheia, com dedicatória ao autor, foi cantado com emoção e valentia pelo Martins, o Joaquim. Grande ovação e parabéns ao Mexia.
Lamentamos que camaradas de outras guerras não tenham comparecido. Esta Tabanca é de todos os ECUS - Ex-Combatentes do Ultramar.
Uma estória curiosa tem o Dionísio Cunha, o segundo a contar da esquerda. Lá nos idos de 67 do século passado, quando integrava a 3ª de Comandos, encontrando-se em Bissau, resolveu no seu oitavo mês de comissão, apanhar o primeiro barco e vir até à Metrópole cumprimentar a família. Claro que foi um desenfianço de todo o tamanho, que ninguém deu fé. Apanhado cá, lá teve de regressar pelo mesmo mar para lá, onde apanhou dois anos mais de comissão. Ofereceu-se voluntário para a cadeia, mas parece que não foi aceite. Ainda hei-de saber esta estória melhor.
O coronel Coutinho também apareceu e ofereceu o seu livro sobre a retirada de Guileje, ao futuro museu da Tabanca dos Melros, os ECUS. Fiel depositário, o Gil, pois claro, que nos dispensa uma sala para o efeito.
Este tema será tratado pelo Chefe da Tabanca, o Carlos Silva.
O nosso nóvel companheiro de armas, em descanso, espera que a família não se esqueça dele. Tão novinho e já tá como há-de ir.
Lamentamos que camaradas de outras guerras não tenham comparecido. Esta Tabanca é de todos os ECUS - Ex-Combatentes do Ultramar.
A Tabanca de Matosinhos esteve em força mais uma vez, demonstrando que a camaradagem e a amizade são o mais importante de tudo.
O régulo de Mampatá e Medas, a pretexto da reforma agrária, lá se vai desenfiando. Só que não é para a reforma agrária não, mas sim para Vila do Conde. Para que os regulados não o chateiem ao fim de semana. Pelo menos é o que se consta na caserna.
A próxima reunião será a 6 de Março, mas por motivo especial. Será a Homenagem aos Mortos da Guerra do Ultramar de Gondomar. Pena que se realize no mesmo dia da confraternização anual do pessoal de Matosinhos.
O Carlos Silva falará - escreverá - sobre o tema.
Até à próxima.
Um abraço para todos os ECUS
Sem comentários:
Enviar um comentário